Feedback

Enviei o email e fiquei à espera. Ao meu lado, sentaram-se a impaciência e a ansiedade. Seria positivo? Seria negativo? Assim assim? Mais positivo do que negativo? Ou vice versa?

O feedback era o convidado de honra tão desejado pelas 3. É sempre assim. Apresento os conteúdos ao cliente e depois aguardo a sua reacção. Eu acredito e confio no meu trabalho, mas o receio de não corresponder faz-se sentir.

Pedi ajuda à experiência e à maturidade. Em equipa, criámos uma estratégia para ultrapassar este obstáculo. Desconstruo uma ideia ‘errada’. E aceito que o que está em avaliação são os meus textos e não a minha pessoa. Eu e o cliente queremos a mesma ‘coisa’: contar a melhor história.

Quando o feedback chega, respiro fundo e abro a porta. Estou preparada para ele. Porque, agora, compreendo que:

  • Ele expressa a perspectiva do cliente. E cada pessoa tem direito à sua.

  • Ao ser específico, aponta com clareza o que não percebe ou não gosta. O que me orienta no caminho certo para fazer os devidos ajustes.

  • Não impõe ou dita mudanças. Ele faz sugestões e, ainda melhor, coloca questões. São elas que me vão fazer (re)pensar alguns aspectos do projecto. Só assim posso apresentar as soluções mais adequadas.

Afinal, o feedback é (ou devia ser) uma excelente ferramenta para o nosso desenvolvimento profissional. Na prática, é uma oportunidade para valorizar as qualidades (os mais) e melhorar o que não está tão bem (os menos). Claro que isto só funciona se for feito de forma positiva e responsável.

É precisamente isso que eu tento fazer, no meu dia-a-dia. Até numa simples ida às compras com a minha irmã e a minha mãe. Quando me pedem a opinião, eu esforço-me por fazer um comentário construtivo. Mesmo que seja sobre umas calças de ganga.

Porque é preciso saber dar e receber feedback.

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O sentido do gosto