‘Leis’ da (minha) vida

“- Eu não entendo mesmo a vida (…).

- Não precisas de entender a vida. Só tens de a viver.” 

Li, recentemente, estas frases e fiquei a pensar. De facto, a vida é para ser vivida e eu devia simplesmente fazê-lo.  Mas… (O que seria da vida sem os mas?!) Não consigo ser assim tão assertiva e racional. Confesso que preciso de linhas orientadoras para encontrar o meu lugar e trilhar o meu caminho.

Não são regras ou normas, nem regulamentos ou fórmulas para ter sucesso ou ser feliz. Nada disso. São uma espécie de ‘leis da vida’. Aquela perspectiva pessoal que me ajuda a compreender o mundo e a viver bem com as minhas escolhas.

Simples, práticas e ‘básicas’. Aqui estão as 6 eleitas:

  • Às vezes, o óbvio tem de ser dito.

E o problema é que quase nunca é. Ficamos à espera de que os outros percebam e, por vergonha ou insegurança, calamo-nos. Resultado? Deixamos passar oportunidades, criamos dificuldades na comunicação, potenciamos mal-entendidos. A mensagem não passa.  

  •  O que sobe, desce.

E a queda pode doer muito. O difícil não está tanto em subir, mas sim na forma como voltamos a pôr os pés no chão. Um bom planeamento pode fazer (e faz) toda a diferença entre uma aterragem de emergência ou uma suave, sem danos.

  • O que arde, queima.

Mágoas, rancores, arrependimentos, medos. São amarras que nos impedem de avançar e de arriscar. Aos poucos, ‘queimam’ os nossos sonhos e aspirações. Planear, organizar, agir, assumir e aceitar, sempre com confiança.

  • O que aperta, segura.

Todos criamos e mantemos elos de ligação com o mundo que nos rodeia. São eles que nos dão a força e a estabilidade necessárias para avançar. E quando os quebramos, a sensação de receio surge. É preciso coragem para desfazer os nós da vida.

  • O que é doce, nunca amargou.

Um bolo, um abraço, um beijo, um mimo, uma palavra. Pequenos gestos, grandes feitos. Apoiar, criticar para construir. Será assim tão difícil?

  • Nem tudo o que parece é.

As nuvens não são fofinhas. Descobri isso da primeira vez que apanhei turbulência num voo. E serviu-me de lição. Primeiro, experimento, provo e conheço. Só depois tenho opinião.

Meia dúzia de ‘lições’ a que recorro quando preciso. Porque na vida, pessoal e profissional, é preciso saber por onde vamos. E se tivermos uma pequena ajuda, ainda melhor.

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